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Em plena crise empresas estão a distribuir aos acionistas o que falta nos salários dos trabalhadores

No debate quinzenal com o primeiro-ministro, Catarina Martins começou por condenar a proposta “inqualificável” de André Ventura de “confinamento de pessoas de acordo com a sua etnia” e criticou as tentativas do deputado do Chega para calar o campeão português Ricardo Quaresma. A coordenadora do Bloco questionou também o governo sobre a decisão de excluir doentes hipertensos e diabéticos dos grupos de risco dispensados de trabalho presencial, explicando que “os dados não mostram que o risco para estes doentes tenha diminuído”. Numa terceira ronda, Catarina Martins denunciou a “incompreensível a decisão do governo, do PS e da direita de não proibir - e mesmo apoiar - a distribuição de dividendos pelas empresas”, afirmando que “em plena crise, as maiores empresas do PSI20 estão a distribuir aos acionistas o que falta para os salários dos trabalhadores”. Sobre o Novo Banco, Catarina Martins relembrou o primeiro-ministro que no último debate disse que a auditoria à última injeção no Novo Banco seria determinante para as decisões que viessem a ser tomadas, questionando António Costa se “mantém o compromisso de não permitir que mais dinheiro público entre no Novo Banco antes de conhecermos a auditoria?”