O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, questionou o Governo sobre o surto de Legionella afeta concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
Um surto de Legionella está a afetar os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, tendo já provocado a morte a 9 pessoas desde o final de outubro. Além dos óbitos, 85 pessoas contraíram a doença do legionário e 24 permanecem internadas no Hospital Pedro Hispano, no Centro Hospitalar de Póvoa de Varzim e Vila do Conde e no Hospital São João.
A maior parte dos doentes são habitantes das freguesias de Lavra (Matosinhos) e Fajozes (Vila do Conde) e terão sido infetados por dispersão de ventos contaminados com a bactéria Legionella pneumophila.
A Autoridade Regional de Saúde do Norte ordenou a suspensão do funcionamento de duas torres de refrigeração de unidades industriais localizadas no concelho de Matosinhos, mas não identificou as empresas envolvidas.
A RTP noticiava a 18 de novembro que a análise das amostras recolhidas pela autoridade de saúde revelou a presença de Legionella na torre de refrigeração da empresa Longa Vida do grupo Nestlé, em Matosinhos.
O Bloco de Esquerda entende que as entidades competentes devem esclarecer os motivos que levaram ao aparecimento deste surto, uma vez que os surtos de Legionella podem ser prevenidos quando as unidades industriais são monitorizadas e fiscalizadas com regularidade. Importa ainda apurar responsabilidades e, sobretudo, assegurar todos os cuidados de saúde necessários às pessoas infetadas.
O Grupo Parlamentar quer saber se até à data, e tendo em consideração a sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde decorrente do atual momento pandémico, foram prestados todos os cuidados de saúde necessários aos pacientes infetados por Legionella e está o Governo em condições de revelar a origem do surto de Legionella nos concelhos de Matosinhos, Vila Conde e Póvoa de Varzim.
Por ultimo, que medidas vai o Governo adotar para evitar que surjam novos surtos de Legionella no país.